A ministra do Ambiente anunciou esta sexta-feira que a demolição do Prédio Coutinho, considerado o maior aborto urbanístico da cidade de Viana do Castelo e cuja intervenção foi anunciada em 2000 ainda por José Sócrates, não tem qualquer dotação inscrita para o Orçamento de Estado deste ano. “Para este ano não está prevista qualquer verba para efectuar a demolição, mas pode ser inscrita para 2011, é uma questão de se criarem as condições. Concordo com a demolição, mas o assunto contínua em análise.
Em causa estão os 13 andares de um edifício que já foi habitado por 300 pessoas, restando agora poucos, os mesmos que levaram a intenção da VianaPolis de o demolir para Tribunal, conseguindo mesmo a suspensão de toda a operação até que os tribunais se pronunciem. Toda a intervenção no local está avaliada em 13,5 milhões de euros, nomeadamente demolição, indemnizações construção do novo mercado municipal no mesmo local. “Vivemos tempos em que é necessária contenção financeira, mas o País não parou. Temos que definir prioridades e a demolição daquele edifício foi devidamente ponderada”, acrescentou a ministra, à margem da inauguração do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima.