As freguesias de Fragoso e Aldreu, no concelho de Barcelos, estão sem comunicações telefónicas fixas, na sequência do furto de cabos numa extensão de 200 metros, alegadamente para o mercado negro do cobre, informou hoje fonte autárquica. O presidente da Junta de Fragoso, Leonel Vila Chã, confirmou à Geioe que o furto aconteceu durante a última noite, tendo os larápios, no total, levado cerca de mil metros de cabos. “Foram quatro cabos de cobre com 200 metros cada e ainda 200 metros de fibra”, especificou.
Para consumar o furto, foram serrados três postes, situados numa zona erma de monte, na estrada que liga Fragoso a Barroselas, no concelho de Viana do Castelo. Caixas multibanco, telefones fixos, Internet e TV Cabo são os serviços que ficaram inoperacionais nas freguesias de Fragoso e Aldreu e ainda em parte da freguesia de Palme. “O pessoal da Portugal Telecom (PT) já está no terreno, mas na melhor das hipóteses só dentro de dois ou três dias é que a situação estará normalizada”, disse ainda Leonel Vila Chã. O autarca disse não compreender por que razão é que a PT insiste na colocação de cabos aéreos naquela zona, em vez de optar pela ligação subterrânea. “Onde há casas, os cabos são enterrados. Ali, naqueles 400 metros situados no meio do monte, onde é mais fácil roubar, são aéreos. Não dá para entender”, criticou. Lembrou que os prejuízos resultantes destas situações “são sempre muito elevados”, nomeadamente para o comércio, “já que hoje praticamente todos os estabelecimentos dispõem de pagamento por multibanco”. Escolas, extensão de saúde, farmácias, empresas e juntas de freguesia são outros organismos particularmente afetados com o corte das telecomunicações. Em setembro de 2009, foram furtados no mesmo local, e exatamente pelo mesmo método, perto de 700 metros de cobre, uma ocorrência que deixou quase uma semana sem telecomunicações as freguesias de Fragoso e Aldreu. No mercado negro, e segundo fonte policial, o preço do quilo de cobre chega a ultrapassar os três euros, pelo que o furto deste metal é cada vez mais frequente, não poupando cemitérios, linhas de caminho de ferro ou tampas de saneamento.