O presidente da Câmara de Viana do Castelo considerou a votação do parlamento, ao chumbar a cobrança de portagens por chip, como “importante” para, agora, se estabelecer um compromisso que permita satisfazer os problemas apontados pelos autarcas da região, nomeadamente precaver o interesse dos utilizadores diários e das empresas instaladas. “Tarde, mas o primeiro-ministro, tendo em conta a proposta que entretanto fez, percebeu os problemas levantados pelos autarcas da região”, disse ainda José Maria Costa, em declarações exclusivas à Geice FM.
Segundo o presidente da autarquia, ao propor a isenção a residentes e empresas da região, o primeiro-ministro considerou como “válidos” os argumentos manifestados ao longo de meses pelos autarcas servidos pela A28. “Agora espero que impere o bom senso e que não sejamos penalizados por estarmos longe do Porto e não termos uma alternativa”, disse ainda. Antes da votação do Parlamento, o presidente da Câmara de Viana do Castelo tinha já considerado “inaceitável” que a região “seja penalizada” com portagens na A28, lançando um derradeiro apelo a José Sócrates para que introduza medidas minimizadoras para os utentes frequentes. Em fax envido ao líder do Governo, o autarca socialista transmitia também a “forte indignação” dos empresários e cidadãos do concelho. José Maria Costa sublinha “o forte impacto da introdução de portagens na A28, que irá aumentar a fragilidade do tecido económico e empresarial do concelho”. Acrescenta que a medida, na sua versão inicial, “penaliza gravemente a economia local, onerando diariamente a deslocação de pessoas, empresas e bens”. Agora, acrescenta, há mais tempo para discutir uma solução de compromisso.