Autarcas, empresários, utentes e transportadoras reúnem-se hoje com o presidente da Junta Metropolitana do Porto, Rui Rio, para concertar posições de contestação à introdução de portagens nas SCUT do norte do país. A reunião, pedida pelo presidente da Câmara da Maia, visa ainda sensibilizar a JMP para as consequências sociais e económicas da introdução de portagens nas SCUT. Uma das entidades que vai estar presente na reunião é a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), cujo responsável no norte, Osvaldo Costa, já disse que as portagens podem pôr em risco a sobrevivência de algumas empresas do sector.
Segundo o dirigente, as transportadoras já vivem em grande dificuldade, nomeadamente por causa do gasóleo que “desde Janeiro tem vindo a subir substancialmente”. O Governo já anunciou que a partir de 01 de Julho começarão a ser cobradas portagens nas SCUT do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata. O porta-voz dos utentes destas SCUT, José Rui Ferreira, que também vai marcar presença na reunião com a JMP, disse que, se o Governo cumprisse o seu programa, não haveria portagens. Outra presença na reunião será o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, Luís Ceia, que considerou que as portagens irão “defraudar” as expectativas das empresas que se instalaram ao longo das SCUT e, eventualmente, dissuadir outras que pudessem estar a pensar em investir na região. Luís Ceia sublinhou ainda que as portagens irão diminuir a mobilidade da mão-de-obra qualificada de que, designadamente a região do Alto Minho, é deficitária.