O governador civil de Viana do Castelo, Pita Guerreiro, classificou hoje como “inoportuna e inadequada” a introdução de portagens na A28, mas escusou-se a pronunciar-se sobre o valor a pagar, por não ter quaisquer dados oficiais sobre a matéria. “O que conheço é o que vem num jornal, não sei se é verdade ou mentira, não tenho quaisquer dados sobre a matéria. Não comento notícias de jornais”, disse Pita Guerreiro. O Governo fixou em oito cêntimos por quilómetro o valor de referência a cobrar nas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT) A28, A29, A41 e A42, preço igual às autoestradas já com portagem.
De acordo com resoluções do Conselho de Ministros, publicadas sexta feira em Diário da República, o valor de referência, para a classe 1, a aplicar nas quatro autoestradas será de 0,06671 euros por quilómetro, a que acresce 21 por cento de IVA (somando pouco mais de oito cêntimos). Para o governador civil de Viana do Castelo, a introdução de portagens na A28, entre aquela cidade e o Porto, é “inoportuna e inadequada”, nomeadamente por não haver “uma boa alternativa” para aquela ligação. “A EN13 tem tantos entraves e problemas que usá-la até ao Porto demora um tempo que não é admissível nos dias de hoje”, referiu. Pita Guerreiro defende ainda que, se há necessidade de introduzir portagens, a medida deve ser extensiva a todo o país, nomeadamente a regiões com nível de desenvolvimento superior àquela que é servida pela A28. O Governo já anunciou que a partir de 01 de julho começam a ser cobradas portagens nas SCUT do Norte Litoral (A28), Grande Porto e Costa da Prata.