O comandante do Destacamento de Valença da GNR foi absolvido esta sexta-feira da acusação, deduzida pelo Ministério Público, de ter mordido um dedo a um manifestante durante um protesto contra o encerramento do Centro de Saúde local, que aconteceu em Fevereiro de 2007. O tribunal acabou por sublinhar a actuação do militar e admitiu que não se provou a origem da alegada “mordidela”. Em causa estava o protesto da população contra a perda daquele serviço a favor do concelho de Monção e que atingiu o seu auge com a realização de uma manifestação que reuniu um milhar de pessoas que acabaram por cortar a ponte internacional que liga à Galiza.
A segurança foi reforçada e, no meio da confusão, surgiram também alguns confrontos entre manifestantes e a GNR. Foi precisamente no meio dessa situação que Olívio Nascimento, um reformado e antigo funcionário do Centro de Saúde local, terá sido agarrado pelas autoridades e colocado à frente do cordão policial. Em Tribunal, o queixoso afirmou que o comandante da GNR, Tenente Miguel Branco, o agarrou “violentamente pelo colarinho do casaco”, tendo-o mordido na num dedo da mão esquerda, acusação prontamente rejeitada pelo oficial, afirmando que esteve “sempre voltado de costas para a manifestação” e ao sentir um toque nas costas, virou-se e viu o homem. Ontem, durante a leitura da sentença, o Tribunal ilibou o comandante da GNR, dizendo que “agiu em defesa da ordem e da segurança” e da sua defesa pessoal, tendo em conta uma “possível agressão”.