Em Viana do Castelo já há muito que não se via uma manifestação tão participada. Mais de mil trabalhadores juntaram-se esta quinta-feira nas ruas da cidade à jornada nacional de luta promovida pela CGTP. Viana do Castelo foi o local escolhido para o arranque desta iniciativa da central sindical já que, de acordo com o coordenador da União de Sindicatos, Branco Viana, é um distrito que conta já com mais de 11 mil trabalhadores desempregados, quatro mil dos quais só nos últimos dois anos, e mais de mil jovens licenciados sem emprego. Carvalho da Silva, o secretário-geral da Intersindical, garantiu em Viana do Castelo que o protesto é para continuar.
“A nossa preocupação é continuar numa linha que coloque na sociedade três grandes preocupações: uma é a denúncia da injustiça e da incoerência das políticas que têm sido seguidas, a segunda é manifestar perante isso o protesto e a indignação das pessoas, combater o amorfismo e a indiferença e evitar que sectores da sociedade caiam numa situação de ruptura e também de radicalismo”, disse ainda o líder sindical. Carvalho da Silva garantiu ainda que a CGTP vai “avançar com propostas alternativas, forçando a sociedade à discussão de caminhos futuros”. Declarações feitas no dia em que as vuvuzelas não serviram para festejar feitos futebolísticos, mas sim para mostrar o descontentamento dos trabalhadores da região.