O ministro da Administração Interna disse, hoje, em Braga que o combate aos fogos no Parque Nacional da Peneda-Gerês teve como primeira missão a de “proteger pessoas e bens”. “O dispositivo reagiu protegendo sempre o essencial, pessoas e bens”, realçou em declarações aos jornalistas.
O governante, que sobrevoou de helicóptero o Parque Nacional da Peneda-Gerês para observar a extensão da área ardida nos últimos dias, disse ter ficado a “compreender que o combate às chamas foi extraordinariamente difícil pela orografia e caraterísticas do terreno e porque em muitas zonas há pequenos povoados, com duas três casas, positivamente incrustadas na floresta, e de muito difícil acesso”. O ministro enalteceu o que chamou de trabalho “cheio de bravura e de estoicismo”, frisando que “felizmente o trabalho teve êxito já que não houve perdas de vidas humanas e de bens pessoais”. O governante havia-se reunido no Governo Civil de Braga com os governadores civis de Braga e de Viana do Castelo, com os autarcas de ambos os distritos, com responsáveis do Parque Nacional, da Proteção Civil, da GNR e da Autoridade Florestal. Questionado sobre as críticas surgidas nos últimos dias à alegada falta de meios no Parque Nacional, Rui Pereira reafirmou o que tem dito: “em tempo de guerra não se limpam armas nem se criam polémicas”, declarou. “Fazemos um apelo à coesão e à solidariedade de todos e todos são aqueles que trabalham no dispositivo, os bombeiros, os membros das forças segurança, em especial os da GNR, os sapadores florestais, os autarcas, e a população” que – sublinhou – “tem ajudado a combater os incêndios”. Considerou que o combate aos fogos tem sido feito “com competência e com bravura para salvar pessoas e bens”, acentuando que os incêndios vão servir para “posicionar melhor os meios no terreno para preparar para os dias que se avizinham”. “As forças no terreno têm-me transmitido uma grande determinação”, disse, lembrando que infelizmente já houve três bombeiros mortos. O Ministro recordou que aquando dos funerais dos «soldados da paz» encontrou uma forte determinação em todos os bombeiros: “todos me dizem: não vamos esmorecer neste combate”, relatou. Questionado sobre o facto de a PJ já ter detido 22 suspeitos de atear incêndios, Rui Pereira saudou a PJ e as forças de segurança, (GNR e PSP) reafirmando que a área ardida é inferior à que foi consumida em anos anteriores onde também se registaram temperaturas elevadas. “Enfrentámos mais dificuldades do que nos três anos anteriores, com condições mais adversas e um conjunto vasto de incêndios, uma média de 300 diários, mas com muitos dias acima dos 400, tendo mesmo chegado aos 500 nalguns dias”, frisou.