Perante um forte dispositivo de segurança e o olhar de muitos curiosos, arrancou no Tribunal de Viana o julgamento do assalto ao Museu do Ouro e à Ourivesaria Freitas. A primeira sessão ficou marcada pelo facto dos cinco jovens acusados do assalto à mão armada, em Setembro de 2007, terem decidido, por agora, remeterem-se ao silêncio. A primeira sessão do julgamento foi preenchida pela leitura da acusação, deduzida pelo Ministério Público, e pelo visionamento das imagens de videovigilância dos estabelecimentos assaltados. Os advogados dos arguidos já anunciaram que vão tentar “desmontar o erro da investigação” que conduziu à detenção dos cinco arguidos, tal como sublinhou Miguel Brochado Teixeira.
Os restantes advogados de defesa chegaram mesmo a classificar a acusação como um “castelo de cartas” que se deverá desmoronar durante este julgamento. Já o advogado de acusação, Horácio Lage, diz que o que seria de admirar era que a defesa dissesse o contrário. Rodeado de algum aparato policial, o julgamento está a cargo de um tribunal de júri, constituído por três juízes e quatro jurados, estes últimos escolhidos aleatoriamente entre os cidadãos eleitores do concelho. Os arguidos respondem pela co-autoria de três crimes de roubo, dois de homicídio qualificado na forma tentada, três de ofensas à integridade física qualificada, dois de falsificação de documento e dois de detenção de arma proibida. Dois deles são ainda acusados de contra-ordenações estradais. Dos cinco arguidos, apenas um, que foi detido muito mais tarde, está em prisão preventiva.