Quatro importantes testemunhas do julgamento do assalto ao Museu do Ouro de Viana do Castelo vão ter protecção policial. Isto depois de um encapuzado ter ontem entrado aos tiros num stand de Santo Tirso, no qual as testemunhas que hoje são ouvidas pelo tribunal trabalham. As autoridades acreditam que este acto visou influenciar ou até suprimir os testemunhos dos quatro familiares sobre os movimentos de dois dos suspeitos da autoria do assalto agora em julgamento. De acordo com testemunhos no local terão sido disparados no stand de Santa Cristina do Couto, cerca das 12h30, dois ou três tiros, um dos quais que atingiu uma das portas de vidro do estabelecimento.
A ameaça terá sido perpetrada por dois indivíduos, dos quais apenas um entrou no estabelecimento. Testemunhas dizem que um indivíduo encapuzado e armado com uma caçadeira e um revólver disparou “dois ou três tiros”, antes de entrar, sobre a porta da loja e uma montra. Do interior, terá levado dois capacetes, no valor aproximado de 1000 euros, não exigindo aos funcionários dinheiro ou qualquer outro material e pondo-se de imediato em fuga. O autor dos disparos e o cúmplice fugiram em direcção ao Porto, num carro com uma matrícula que terá sido furtada. Recorde-se que no julgamento do assalto ao Museu da Ourivesaria Tradicional e à ourivesaria Freitas, ambas no centro histórico de Viana do Castelo, há cinco arguidos sentados no banco dos réus, dos quais apenas um está em prisão preventiva.