O Secretário-Geral do PCP regressou aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e saiu da empresa com um sentimento que diz ser de “profunda inquietação”. Jerónimo de Sousa reuniu com a nova Administração e também com a Comissão de Trabalhadores e garante ter ficado preocupado com o cenário actual da empresa. Isto porque encontrou uma das empresas mais importantes do distrito de Viana do Castelo sem trabalho para fazer e com fracas perspectivas de que esta situação possa alterar-se a curto prazo.
O líder do PCP garante que o partido vai insistir no Parlamento nas políticas de investimento e apoio à produção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, bem como tentar travar o processo de privatização da empresa. Quanto ao Plano de Viabilização a apresentar pela nova administração nos próximos dois meses, Jerónimo de Sousa diz esperar que os trabalhadores não sejam o bode expiatório desse plano. Até porque, acrescenta, os trabalhadores estão de acordo com a reestruturação e estão dispostos a aumentar a sua capacidade produtiva para que os estaleiros vianenses revertam o actual momento de crise que atravessam. Sublinha que não haverá resistência dos trabalhadores a medidas justas e necessárias, mas adverte que a realidade será outra se a nova administração enveredar pela via dos despedimentos.