O candidato presidencial Defensor Moura afirmou que a implantação da República constituiu “um ganho” para o povo português, mas sublinhou a necessidade de uma reforma administrativa do Estado, “que pode levar à regionalização”. Para Moura, há em Portugal uma “exagerada” concentração do poder, uma realidade que “não existe em nenhum outro país civilizado da Europa”. Por isso, defende que se dê “poder às regiões”, o que “vai permitir que a criatividade e o dinamismo das populações, e principalmente dos agentes empresariais, culturais e académicos, se libertem e possam exercer a sua autonomia”.
Defensor Moura considerou “globalmente positivo” o balanço dos cem anos da República, “pela participação que mobilizou por parte dos portugueses, pela desconcentração que houve relativamente ao poder e, especialmente depois do 25 de Abril, pela voz que foi dada ao povo, através de eleições democráticas”. Reagindo a algumas vozes que defendem o regresso à monarquia, Defensor Moura contrapôs que “este não é um modelo que se aplique a quem já viveu em República.