A Oktoberfest (Festa da Cerveja) de Munique que atrai anualmente cerca de seis milhões de visitantes à capital da Baviera, vai contar com 120 mil “convidados” lusos para animar a festa. É que dos vários milhares de litros de cerveja a servir em plena festa, 120 mil canecas viajaram da fábrica minhota da VianaGrês, em Viana do Castelo até ao festival. “E só competimos com os chineses, que por motivos óbvios, conseguem suplantar algumas características e colocaram 200 mil”, explicou fonte da fábrica de Viana do Castelo. “Sendo a festa mais importante da cerveja é um orgulho para nós termos uma fábrica de Viana, a única, lá representada”, explicou à Geice o director da VianaGrês, Bruno Pinto.
Desta forma, à média de um camião cheio por semana, seguiram para a Baviera a partir de Viana do Castelo, milhares de canecas, de todos os tamanhos e feitios, mas todas numa cerâmica “especial”, que no fundo é o segredo de um produto que tem na Alemanha, por si só, o principal cliente. Uma enorme surpresa e sobretudo orgulho como refere Bruno Pinto, director da fábrica, que pertence ao grupo Aurélio Martins Sobreiro e Filhos, com grande história na construção civil, que vê na fábrica de Carvoeiro um dos seus motivos de “orgulho”, explica Bruno Pinto. É que Dos fornos da VianaGrés, para todo o mundo, saem diariamente 6000 canecas, desde decorativas a publicitárias, passando por uma capacidade de meio litro a 5 litros. Esta uma das mais usadas no festival de cerveja alemã que decorre por estes dias, apesar de a adoração dos alemães ainda ser a caneca de vidro (com mais de cinco milhões nesta festa).“O principal mercado é a Alemanha e tem-se mantido mais ou menos ao mesmo nível, por isso somos um dos principais produtores de canecas de cerveja a nível Europeu”, sustenta o administrador, garantindo que metade do total de facturação da empresa vem da Alemanha. A tecnologia de ponta desta unidade passa por uma máquina, das mais avançadas do género a nível mundial, que automaticamente “cola” as “asas” na caneca. As mesmas que “made in Viana” são depois postas à venda em mercados de todo o mundo.Com 65 trabalhadores, a esmagadora maioria de Carvoeiro e freguesias vizinhas, a VianaGrés apresenta uma louça própria, cozida a altas temperaturas, resistente e de baixa porosidade, como uma imagem de marca que, afirma a administração, justifica “o êxito junto dos consumidores”.