Foi por sorte que a típica qualidade do alvarinho de Monção e Melgaço escapou às chuvas dos últimos dias. É que os mais de 1800 produtores desta sub-região de vinhos verdes terminaram as colheitas, à semelhança das que foram feitas um pouco por todo o País, nos últimos dias de Setembro. Escaparam assim aos efeitos nefastos das chuvas fortes que se têm sentido sobretudo no norte. O aumento na colheita chega mesmo, nas várias castas, aos 25%
“É verdade, felizmente correu-nos tudo bem, e a colheita foi feita a tempo. Entre Monção e Melgaço temos tudo pronto e mesmo no resto da região dos vinhos verdes muito pouco falta fazer”, explicou à Geice Antonino Barbosa, presidente da Adega de Monção. “A colheita fui muito boa, com mais qualidade e chegou às 8,665 toneladas de uva”, explicou. Desta futura produção encontra prevista a já habitual saída para a mesa dos “muralhas de Monção” ou os mais modernos espumantes de Alvarinho. Ainda assim, a colheita deste ano consegue ficar 1,200 toneladas acima da de 2009. “Temos vinhos de qualidade este ano. Não choveu, apenas um pouquito no último dia e por isso estamos ansiosas por colocar esta época cá fora porque vai estar ao nível das melhores de sempre”, afirmou ainda. Já em termos de Comissão Regional de Vinicultura da Região dos Vinhos Verdes, que abrange praticamente todo o norte, Antonino Barbosa, também membro da direcção daquela Comissão, garante que além de pequenos concelhos que ainda tem em curso as últimos colheitas, tudo está dentro do “normal” e eventuais prejuízos das chuvadas “serão mínimos”. Recorde-se que a Adega de Monção conheceu em 2009 “o seu melhor ano de sempre”, produzindo 3,2 milhões de litros de vinho branco e 1,3 milhões de tinto. Fundada a 11 de Outubro de 1958 por 25 viticultores, a Adega Cooperativa de Monção tem hoje, volvido meio século, cerca de 1800 sócios e uma facturação de 12,5 milhões de euros, relativa ao ano de 2007,o sétimo consecutivo de crescimento das vendas.