Depois da visita a Viana do Castelo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, já regressou ao seu País e numa declaração ao País falou dos negócios feitos com Portugal. E não esqueceu o ferry “Atlântida” que, garantiu, vai mesmo comprar: “Tremendo ferry, compadre, que vem para cá. Já vejo Garcia Carneiro (governador luso-descendente do Estado de Vargas)”, disse, na declaração ao País.
O presidente da Venezuela falava no palácio presidencial de Miraflores durante uma alocução transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões do país e na qual explicou o alcance dos acordos assinados no périplo que realizou à Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Irão, Síria e Portugal. Hugo Chávez, citou a compra de um grande ferry a Portugal. Explicou que a rota prevista para o novo ferry é do porto de La Guaira até às ilhas de Orchila, Los Roques e Margarita. “Eu quero meter todos esses meninos pobres de La Guaira, as famílias mais pobres, no tremendo ferry, a classe média também. São 800 pessoas. Aí está um modelo do ferry que já pronto está a partir de Portugal, (será) uma linha de ferry, turismo popular, turismo venezuelano”, frisou. Recorde-se que de visita aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, Chávez visitou o interior do Atlântida, navio que deverá comprar, depois de algumas alterações necessárias, por cerca de 35 milhões de euros. Hugo Chávez, que antes fez alusão ao início de exportações de café para países asiáticos, referiu que o primeiro ministro português, José Sócrates, não gosta de café, mas do chocolate venezuelano e explicou ainda que a Venezuela vai importar computadores e medicamentos de Portugal.