O contrato, no valor de 120 milhões de euros, que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) firmaram com um armador grego para construção de dois ferries “pode estar ameaçado”, admitiu hoje a administração da empresa. “Estamos em conversação com o armador, porque expirou o prazo para o financiamento, para eventualmente retomar, noutras bases. Mas o contrato pode estar ameaçado, de facto”, admitiu Veiga Anjos.
Isto porque, explicou o presidente do Conselho de Administração dos ENVC, o prazo para o armador regularizar a questão do financiamento com a banca expirou e tudo depende agora de uma nova renegociação e do aval da banca (inicialmente seria portuguesa) para retomar o negócio destes dois ferries.Mas se do lado da Grécia o negócio está mais complicado, Moçambique poderá ser uma porta. Ontem mesmo esteve nos ENVC o ministro dos Transportes de Moçambique, país que poderá encomendar àquela empresa navios para reforçar a sua frota de marinha mercante e para fiscalizar a sua zona costeira. “Há hipóteses [de construir para Moçambique]. Eles estão interessados em proteger as suas imensas costas. Isto está de acordo com a gama de construção que estes estaleiros têm”, admitiu Veiga Anjos.