O próximo ano vai ser “de extrema penúria e de grandes dificuldades financeiras” para as autarquias locais. A previsão é avançada pelo autarca socialista de Paredes de Coura, um dos concelhos mais pobres do distrito de Viana do Castelo e que, de acordo com o Orçamento do Estado, não vai receber em 2011 nem um cêntimo do Plano de Investimentos e Desenvolvimento da Administração Central. Se a isto se juntarem os cortes no Fundo de Equilíbrio Financeiro, diz António Pereira Júnior que por muito que corte nas despesas a situação financeira da autarquia vai ser irrecuperável.
O autarca de Paredes de Coura prevê que o concelho seja afectado nos cortes do FEF em mais de meio milhão de euros, um valor que é muito significativo para um concelho como Paredes de Coura. A única solução, diz o autarca, é o Governo permitir que as autarquias recorram a empréstimos sem que eles contem para a capacidade de endividamento dos municípios, para fazer face aos seus compromissos, nomeadamente com obras financiadas por fundos comunitários.