As portagens foram introduzidas na auto-estrada que liga Viana do Castelo ao Porto há uma semana e, para o movimento de cidadãos Naturalmente Não às Portagens na A28, o balanço é claramente negativo, classificando este processo como sendo “precipitado e revelador de inoperância por parte do Ministro das Obras Públicas”. De acordo com o porta-vos do movimento, não faz sentido que as pessoas passem três ou quatro horas ou para obter os dispositivos ou para pagar as portagens nas estações dos Correios. Diz mesmo que é uma “atitude terceiro-mundista”, e “um sinal de grande desordem que confirma toda a trapalhada que esteve subjacente a este processo”. A sobrecarga da Estrada Nacional 13 é, de acordo com Jorge Passos, outro dos problemas a reter.
A isto, o movimento acrescenta que o processo de introdução de portagens na A28 se revelou também como um verdadeiro “assalto” aos cidadãos estrangeiros, principalmente aos nossos vizinhos espanhóis. Cita mesmo o caso de um galego que, por ter de ir buscar uns familiares ao Aeroporto Sá Carneiro, foi obrigado a alugar o dispositivo identificador de matrícula e a comprar um cartão de 50 euros destinados a viagens. Como não espera regressar a Portugal tão cedo, e como o saldo do cartão tem de ser gasto num período de 90 dias, não foi reembolsado pelos cerca de 40 euros de saldo que ficaram por gastar.