Fernando Marques, candidato a provedor da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, acusa a actual direcção de criar “muitas dificuldades” à candidatura de outras listas. Fernando Marques lidera a Lista B, a lista concorrente à actual direcção da Santa Casa, diz que os órgãos dirigentes da Misericórdia não lhe “têm facilitado a vida” porque não estão habituados a uma “convivência democrática e saudável com pessoas que têm ideias diferentes”.
Fernando Marques diz que a lista da actual direcção não é legítima. O artigo 25º dos Estatutos da Santa Casa da Misericórdia diz que “os membros dos corpos gerentes só podem ser eleitos consecutivamente para dois mandatos”. O candidato a provedor diz que a actual direcção se agarra à parte final do mesmo artigo para justificar continuar no poder há já vários anos. O artigo diz que uma direcção só pode continuar no poder mais de dois mandatos “se a Assembleia Geral reconhecer por forma expressa que é inconveniente a sua substituição”, situação que até agora era verdade, visto que não havia outra lista. No entanto, a Lista B é agora candidata e questiona a legitimidade da continuação da actual direcção, que já foi eleita por mais de dois mandatos consecutivos. Fernando Marques diz mesmo que o facto da actual direcção ser elegível é uma situação “ridícula” e “caricata”.
A Lista B diz lutar contra “interesses e situações instalados há décadas” e que a Misericórdia tem “pecado por falta de ligação com as entidades da cidade”. Fernando Marques diz que o seu principal objectivo é reforçar a credibilidade da instituição. O acto eleitoral que vai eleger a direcção da Santa casa da Misericórdia de Viana do Castelo é já no próximo dia 25 de Novembro.