Cinco meses depois de assumir funções, a administração dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo acaba de sofrer a primeira baixa, com a saída, a 01 de Dezembro, do actual presidente do conselho executivo, o almirante Victor Gonçalves de Brito. Os motivos para a saída daquele que era desde Junho o novo homem forte da empresa ainda não são totalmente conhecidos, mas algumas fontes da empresa apontam que o pedido de demissão apresentado pelo presidente executivo terá tido origem na reestruturação pensada para os estaleiros, que prevê alguns cortes nos actuais 800 postos de trabalho.
A nova equipa de direcção dos estaleiros de Viana foi nomeada pelo accionista único que é o Estado, através da Empordef, e era tida como uma das melhores de sempre no construtor naval, a braços com uma grave crise financeira desde 2009. Um dos maiores problemas que os ENVC enfrentam são as construções para a Armada, que já levam mais de quatro anos de atraso, processo no qual Victor Gonçalves de Brito – que liderou o Arsenal do Alfeite -, era tido como peça importante para reforçar a ligação entre a empresa e aquele ramo das Forças Armadas.