Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), com cerca de 760 trabalhadores, estão hoje com a produção “completamente parada”, devido a uma adesão à greve superior a 90 por cento, informou fonte sindical. Segundo Branco Viana, coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, esta greve conta também com a “solidariedade” dos cerca de 200 trabalhadores galegos que ali trabalham na reparação de um barco, mas sem serem empregados dos ENVC.
“É uma solidariedade que registamos e saudamos e que, na devida altura, também saberemos retribuir”, disse Branco Viana. O sindicalista acrescentou que a produção na Browning Viana, conhecida por “fábrica das armas” e que emprega à volta de 400 pessoas, também está “completamente parada”. Os três primeiros comboios que esta manhã deveriam partir de Viana do Castelo – dois no sentido do Porto e um em direção a Valença – também não deixaram a estação. Outro efeito visível da greve na cidade de Viana do Castelo é o lixo acumulado nas ruas, fruto de uma adesão de 100 por cento dos trabalhadores responsáveis pela recolha.