A Comunidade Intermunicipal do Minho-Lima não vai cumprir o luto que ela mesma tinha decretado para hoje e amanhã, em forma de protesto contra a introdução de portagens em três antigas SCUT do norte. Os dois dias de luto tinham sido decretados na reunião de 25 de Outubro da Assembleia Intermunicipal da CIM, na sequência de uma moção do PSD, aprovada por maioria, com 23 votos a favor, uma abstenção e 19 contra, sendo estes últimos da bancada do PS. A moção preconizava a colocação da bandeira a meia haste nas instalações daquele organismo, ao mesmo tempo que apelava a que as 10 câmaras municipais e as 290 freguesias do Alto Minho tomassem a mesma atitude. Entretanto, o presidente do Conselho Executivo da CIM, Rui Solheiro, garantiu que não vai haver bandeira a meia haste nas instalações deste organismo, por entender que esta entidade “já manifestou, pelas vias institucionais, a sua oposição à introdução de portagens e não vai alinhar numa iniciativa que, além inconsequente, seria de constitucionalidade duvidosa”. Já Paulo Morais, o autor da proposta, diz que o que é ilegal é esta decisão do Conselho Executivo da CIM.
Das 10 câmaras do distrito, apenas a de Caminha (PSD) vai colocar a sua bandeira a meia haste, tendo também o município apelado às juntas de freguesia do concelho para seguirem o exemplo. As outras duas câmaras, de maioria social-democrata, Valença e Arcos de Valdevez, não alinharão no luto, a primeira por duvidar da legalidade do protesto e a segunda por considerar a medida inconsequente. O presidente da Câmara de Ponte de Lima, Victor Mendes (CDS-PP), disse que não alinha num protesto que “não passa de show off”. O luto vai igualmente “passar ao lado” das seis câmaras de maioria socialista: Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Melgaço e Monção.