O candidato presidencial Defensor Moura lamentou hoje, em Viana do Castelo, ter falhado o principal objectivo da sua candidatura que era obrigar a uma segunda volta nas eleições presidenciais. As sondagens reveladas hoje apontam para a eleição do recandidato Cavaco Silva logo à primeira volta, com Defensor Moura a ficar nos últimos lugares das intenções de voto dos portugueses.
O candidato independente afirmou não estar surpreendido com os números divulgados e, a confirmarem-se no Domingo, diz que lamenta não ter conseguido o “principal objectivo” da sua candidatura que era obrigar a uma segunda volta. O antigo autarca de Viana do Castelo considerou que, para a “diferença” prevista de resultados entre os candidatos, contribuiu a “máquina partidária”. “Depois de as máquinas partidárias começarem a rolar e de começarem a rolar os dois milhões de euros contra os 100 mil, os banqueiros que apoiam umas candidaturas e todas as estruturas partidárias, naturalmente que ia haver esta diferença, por isso não surpreendido”, salientou. O deputado socialista que concorreu como independente às presidenciais, contou com um orçamento de 100 mil euros, contra os cerca de dois milhões de outras candidaturas. Defensor Moura aproveitou para denunciar este “exagero” nos tempos que correm. “Gastar dois milhões de euros em festa, bombos, bandeiras e assessorias e outros apoios, acho que é um exagero e é preciso denunciar isso agora”, salientou. O antigo autarca reconheceu as “limitações da máquina eleitoral” que possui mas disse esperar que, “este exemplo de campanha civilizada, sem bombos e sem festa, mas de campanha para tratar assuntos sérios e com seriedade, venha a ser seguida no futuro”.