Começam a surgir os primeiros dados estatísticos relativos à influência que teve para o Alto Minho a introdução de portagens na A28. Isto porque, depois de 17 meses com um crescimento consecutivo, a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal sentiu, pela primeira vez em Novembro do ano passado, um mês depois da introdução das portagens, uma quebra no número de visitantes. Do total há a assinalar uma quebra de 0,5% no número de visitantes, mas que se acentua quando se fala do número de espanhóis a visitar o Norte, ou seja, 18,2%. O presidente da Entidade Regional de Turismo, Melchior Moreira, diz-se “extremamente preocupado” com estes números, e insurge-se contra a forma como este processo de introdução de portagens está a ser conduzido em Portugal.
Melchior Moreira diz temer que estes números fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística se venham a agravar, isto numa altura em que já se sabe que, a partir de Abril, todas as vias rápidas do Alto Minho passam também a ser portajadas. Por isso alerta para o facto das protagens serem “mais um factor de dissuasão para toda a região”, onde já se regista uma quebra de dormidas e de proveitos no sector turístico. Como tal deixa também um “protesto veemente” em relação á falta de informação clara e à forma como está a ser processada a cobrança de portagens no norte do país.