O Governo já tem em mãos, para análise, o Plano de Viabilização dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, apresentado pessoalmente pelo Conselho de Administração da empresa. Entre outros aspectos, o documento prevê que a empresa dê lucro já em 2013. Agora, nos próximos dias, o principal accionista da empresa vianense vai analisar em pormenor o documento, para decidir depois se dá “luz verde” ao Conselho de Administração para avançar com a reestruturação proposta e que, de acordo com o presidente do Conselho de Administração, Veiga Anjos, vai incidir nas áreas económica, financeira e orgânica da empresa.
Ainda de acordo com Veiga Anjos, se o Plano for seguido tal como está traçado, a empresa vianense poderá voltar a ter lucros já em 2013. “O que é fundamental é conseguir que a actividade económica de construção naval permaneça em Viana do castelo, permaneça em Portugal com esta escala e que seja competitiva em termos mundiais”, diz Veiga anjos a propósito do plano que agora está nas mãos do Governo para avaliação. Embora não querendo revelar muitos pormenores sobre o documento, o presidente do Conselho de Administração levanta a ponta do véu relativamente a uma das questões mais polémicas, a possibilidade de haver despedimentos. Embora reconheça que a empresa tem um “excedente de pessoal”, Veiga Anjos recusa o termo despedimento, mas admite que o Plano de Viabilização dos Estaleiros Navais apresenta outras soluções como as rescisões amigáveis, as reformas antecipadas e até mesmo a criação de incentivos para que trabalhadores criem pequenas e médias empresas que depois ficarão na órbita dos Estaleiros Navais vianenses.