A crise na construção civil tem agravado a situação também da região do Alto -Minho, principalmente os concelhos de fronteira à Galiza, de onde regressaram, desde 2008, mais de 2000 trabalhadores que ficaram sem emprego, disse á Geice Branco Viana, coordenador da União de sindicatos do distrito.
“A Galiza tem uma taxa de desemprego de 20%, as obras estão paradas e não há emprego. Aquela que era a última oportunidade para quem não encontrava emprego em Portugal, acabou, pelo menos para já”, explicou coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo. Os números preocupam sindicalistas dos dois lados da fronteira e que estiveram reunidos em Vigo, Galiza, para analisar a situação laboral em sectores como indústria, serviços e construção. Regiões como Viana do Castelo, Porto, Braga, Famalicão e Guimarães são as mais afectadas pelo regresso a casa destes trabalhadores, a maioria ao serviço de empresas portuguesas subcontratadas para obras, públicas e privadas, na Galiza. Em Janeiro deste ano havia 8718 portugueses registados como trabalhadores na Segurança Social da Galiza, sobretudo na construção civil.