CDS-PP/Congresso: Daniel Campelo pede regionalização na agenda política, Telmo Correia contra

O ex-autarca do CDS-PP Daniel Campelo defendeu hoje que o partido coloque na agenda o tema da regionalização, enquanto Telmo Correia insistiu que “dividir o país” não é solução. Intervindo no 24º Congresso do partido, que decorre em Viseu, o ex-presidente da câmara de Ponte de Lima, e líder da distrital de Viana do Castelo, começou por confessar que no referendo de 1998 foi um dos que disse “não” à regionalização.

Contudo, 13 anos depois, “o país está pior”, mais injusto na distribuição da riqueza, menos competitivo, mais “incapaz de vencer a crise” e “mais pobre”. No momento em que o secretário-geral do PS, José Sócrates, tira a regionalização da agenda dos socialistas, “é a altura” de o CDS pôr o tema na agenda política, defendeu. Antecipando as críticas do deputado e líder da distrital de Lisboa do CDS-PP, Telmo Correia, Daniel Campelo considerou que “é uma grande demagogia” dizer que a regionalização “aumenta os custos”. A despesa já existe, a classe política já lá está”, só que, acrescentou, subordinadas à “cegueira do centralismo” de Lisboa. Na sua intervenção, Telmo Correia respondeu a Daniel Campelo, dizendo que o argumento dos custos é relevante, mas indicou o que considera ser o principal motivo para recusar a regionalização: “não se divide um país que está há nove séculos unido”. O fim dos governos civis e a redução do número de freguesias foram um ponto de consenso entre os dois congressistas. Contra o “esbulho fiscal”, Telmo Correia propôs que para além do limite constitucional à carga fiscal, a criação de um limite máximo para os impostos municipais.