A Associação dos Hotéis Rurais de Portugal (HRP) quer duplicar, até 2013, as actuais mil camas de 70 unidades, de três a cinco estrelas, e criar uma cadeia nacional para promover a marca, anunciou o presidente do organismo. Aa primeira acção intitula-se “Turismo no Alto Minho” e decorre no Hotel Rural Convento dos Capuchos, em Monção, e no Hotel Rural Castrum Vila, em Castro Laboreiro, Melgaço.
Esta primeira acção do género realiza-se no sábado em dois hotéis que se mostram a estes agentes turísticos de todo o país. “É uma espécie de operação de charme junto dos operadores turísticos que começa no Minho, mas que vai até ao Algarve, para mostrar as potencialidades destes hotéis”, admite João Monteiro. São hotéis com os mesmos confortos dos citadinos, como SPA ou piscinas, mas que usufruem de uma história própria em locais únicos e recatados”, disse João Monteiro . Instalados fora dos centros urbanos, normalmente em quintas ou em edifícios históricos “no meio do monte”, uma das características obrigatórias na classificação destes hotéis é o facto de o próprio proprietário residir no edifício. “É um sinónimo de garantia e compromisso com a qualidade deste tipo de oferta, que no mínimo tem de ter três estrelas, segundo a classificação do Turismo de Portugal, e pelo menos dez camas”, acrescentou João Monteiro. A arquitectura e a história dos edifícios, além do local onde estão inseridos são características dos cerca de 70 hotéis, muitos dos quais herdades, existentes em Portugal, com um número médio de camas que não passa as vinte. “Todos estes hotéis estão comprometidos com a divulgação da Cultura, Monumentos e tradições da região em que estão inseridos ou servindo apenas pratos gastronómicos locais”, acrescenta o presidente da HRP. Dormir num convento do século XVIII ou passear no mistério de um claustro centenário, até jantar num antigo lagar de azeite são alguns dos cenários que se tornam realidade nos hotéis rurais portugueses e que a HRP pretende promover como marca. Ao todo são disponibilizadas actualmente cerca de mil camas, número que a direcção da HRP, que reúne 42 hotéis, pretende duplicar nos próximos dois anos. A rentabilização destes investimentos começa a ser feita agora, através da promoção junto de agentes turísticos de todo o País. O turismo estrangeiro, que já representa metade do total de taxas de ocupação na ordem dos 38 por cento, é o principal alvo. Além da promoção, nacional e internacional, e do aumento da oferta, a direcção da HRP pretende ainda avançar com a uniformização de preços e com uma central de reservas comum capaz de apresentar esta rede de hotéis como uma cadeia nacional.