A presidente da Câmara de Caminha anunciou hoje estar a preparar apoio psicológico, pelo município, aos familiares dos pescadores que seguiam a bordo do “Ana da Quinta”, admitindo que “tudo indica tratar-se de uma tragédia muito grande”. “A Câmara está a preparar o acompanhamento psicológico para as famílias, no caso, como tudo indica, de tragédia se confirmar”, anunciou Júlia Paula Costa.
“Tudo aponta para que possa tratar-se de uma tragédia muito grande. Para o concelho de Caminha e para a nossa comunidade piscatória”, disse ainda a autarca, a propósito do desaparecimento do pesqueiro “Ana da Quinta”. O barco, que fazia porto em Vigo, Galiza, levava seis pescadores de Vila Praia de Âncora e três indonésios. Desde quinta-feira de manhã, quando se encontrava ao largo dos Açores, que está incontactável. “Estamos a preparar um apoio de retaguarda às famílias, na medida do cenário que se encontrar nas próximas horas”, garantiu Júlia Paula Costa. A autarca de Caminha falava no fim de uma cerimónia eucarística, realizada na capela da Senhora da Bonança, em frente ao porto da localidade, e que juntou mais de uma centena de pessoas, incluindo familiares dos pescadores desaparecidos. “Estamos a rezar para que o mar os devolva”, disse um dos pescadores envolvidos na cerimónia. A Marinha admitiu este sábado que o pesqueiro desaparecido quinta-feira, nos Açores, se terá afundado depois de ter sido encontrada uma balsa salva-vidas “sem sinais de ter sido usada” e uma bota de borracha. Fonte oficial da Marinha referiu que a corveta Jacinto Cândido, durante a manhã, encontrou uma bota de borracha com o nome de um dos pescadores.Ao final da tarde, foi encontrada uma balsa salva-vidas “semi-cheia e sem sinal de ter sido utilizada”. “Neste cenário, o afundamento é o mais plausível”, afirmou a mesma fonte. As buscas incluiram até às 20:30, hora de Lisboa, uma aeronave da Força Aérea e durante a noite com a corveta da Marinha e duas embarcações pesqueiras. O barco “Ana da Quinta”, que fazia porto em Vigo, Galiza, levava seis pescadores de Vila Praia de Âncora e três indonésios a bordo. Desde quinta-feira de manhã, quando se encontrava ao largo dos Açores, que está incontactável.