O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo crítica o novo Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês e aponta a separação que o novo regime faz entre proprietários de terrenos residentes ou não residentes na área, nomeadamente na freguesia do Soajo onde mais de metade da população é dividida, entre residentes no parque e não residentes.
Já publicado em Diário da República, o novo Plano está a ser alvo de várias críticas, desde a população aos autarcas e deputados, que se queixam de “medidas absurdas” agora adoptadas. Os autarcas de concelhos que integram o PNPG chegaram a apoiar a definição do conceito de “residente”, como um “indivíduo natural ou com habitação, propriedade ou residência profissional nos concelhos do Parque Transfronteiriço Gerês-Xurés”. No entanto, na transposição, a definição foi de residente apenas quem “habita”. Ou seja, mesmo proprietários de terrenos, alguns de cultivo, estes moradores poderão ser impedidos de entrar em algumas áreas do parque ou mesmo limitados na ancestral prática da agricultura. Os deputados do PSD já anunciaram que exigem a presença da ministra do Ambiente no Parlamento para “prestar explicações” sobre o Plano de Ordenamento do Parque Nacional Peneda-Gerês. Os sociais-democratas mostraram-se também “solidários” com os autarcas que afirmam terem sido “traídos” pelo Governo.