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Também a Câmara de Ponte da Barca votou contra o novo plano de ordenamento do parque da Peneda – Geres. Vassalo Abreu. Presidente da autarquia, já contestou o documento, principalmente pela proibição de colocar aproveitamentos eólicos. O autarca diz não entender que isto suceda, nomeadamente na zona de Geremil, freguesia situada em pleno Parque Nacional, a 17 km da sede de concelho.
“Há locais que poderiam ser aproveitados para a energia eólica, mas vedam-nos esse direito. E então as torres gigantescas de electricidade que passam pelo parque? Aí já não há problema?”, questiona-se Vassalo Abreu. Mais de 52 por cento do território do concelho é área do parque Nacional Peneda – Gêres ( PNPG) e Vassalo Abreu diz que sente dificuldades em lá entrara e por isso critica o novo estatuto de residente, que define apenas quem “habita”. Ou seja, mesmo proprietários de terrenos, alguns de cultivo, estes moradores poderão ser impedidos de entrar em algumas áreas do parque ou mesmo limitados na prática da agricultura. Entretanto, os autarcas da região não descartam recorrer aos tribunais para tentar suspender o novo plano de ordenamento. Os cinco autarcas dos municípios que integram o Parque Nacional Peneda Gerês já exigiram compensações pelas restrições às populações impostas no novo Plano de Ordenamento e querem ser recebidos «com urgência» pela ministra do Ambiente. O novo plano entrou em vigor a 4 de Fevereiro e é o primeiro plano de ordenamento aprovado pela tutela com os votos contra de todos os municípios do PNPG, segundo afirmou o autarca de Arcos de Valdevez, Francisco Araújo. O Plano tem gerado grande descontentamento por parte das populações, residentes e que desenvolvem actividades tradicionais na área do Parque, assim como por parte dos autarcas com competências na gestão deste território.
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