O corpo do tripulante do pesqueiro “Ana da Quinta”, desaparecido ao largo dos Açores, será autopsiado esta quinta-feira, no Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores. A perspectiva é que o corpo do pescador, de 51 anos, possa ser libertado para se iniciar a trasladação para Vila Praia de Âncora “até ao final do dia” de quinta-feira.
A autópsia deverá ser realizada no Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores, onde o corpo do pescador permanece desde segunda-feira, depois de transportado por helicóptero desde a corveta “Jacinto Cândido”. Fonte da Câmara Municipal de Caminha explicou que “nenhum familiar” deste pescador, por motivos “emocionais”, quis viajar para os Açores para identificar o corpo, apesar de a autarquia se ter disponibilizado a suportar os custos da viagem. O corpo deste pescador de Vila Praia de Âncora é o único que apareceu dos seis portugueses e três indonésios que seguiam a bordo do pesqueiro “Ana da Quinta” quando, quinta-feira, o navio deixou de comunicar. Entretanto, a seguradora Mútua dos Pescadores já informou que não vai aguardar os dez anos impostos pela lei para pagar as indemnizações e pensões aos herdeiros dos tripulantes do pesqueiro. Em comunicado, a seguradora disse que a lei estabelece “um prazo de dez anos desde as últimas notícias sobre o desaparecimento para se considerar a morte presumida” dos sinistrados. No entanto, a Mútua dos Pescadores “não usará essa prerrogativa”, pelo que “estão já em desenvolvimento todos os indispensáveis formalismos de carácter legal e técnico, tendentes a regularizar o sinistro, no mais curto espaço de tempo possível”.