A Associação de Moradores do Prédio Coutinho acusa a Câmara Municipal de Viana do Castelo e a sociedade VianaPolis de total responsabilidade pela situação que já se arrasta há mais de dez anos nos tribunais. O Prédio do Coutinho, localizado no centro histórico da cidade de Viana do Castelo, é um prédio de 13 andares que o programa Polis quer demolir. A demolição está prevista desde o ano 2000, mas o processo está suspenso, depois de os moradores terem movido várias acções para evitar a demolição do edifício.
Recorde-se que no prédio Coutinho viviam cerca de 300 pessoas, mas a maioria aceitou sair, após negociações directas. Os moradores “resistentes” continuam a lutar pela manutenção das suas habitações e, por isso, o processo está parado, à espera das decisões dos tribunais. Abílio Teixeira, da Associação de Moradores, diz que neste momento existem “trinta e tal famílias” no prédio. A Associação mostra-se revoltada com as declarações proferidas pelo director da intervenção da VianaPolis, há alguns dias. Na altura, o director de intervenção afirmou que os atrasos se deviam aos tribunais. Já os moradores dizem que “os atrasos do programa Polis em Viana de Castelo não se devem aos Tribunais mas sim à incompetência, desleixo e má gestão da intervenção desde o seu início”. Abílio Teixeira diz que os direitos de habitação dos moradores foram “violentados”. Diz ainda que os moradores agiram sempre “correctamente”. A Associação de Moradores anunciou que “vai denunciar os desmandos da VianaPolis, SA e apresentar queixa em Bruxelas, na Procuradoria-Geral da República, no Tribunal de Contas e junto da Assembleia da República”.