Em reunião de executivo, a oposição mostrou-se preocupada com o facto de ainda não terem sido aprovadas as contas da Viana Pólis, Sociedade para o Desenvolvimento do Programa Pólis em Viana do Castelo, relativas ao ano passado. Aristides Sousa, vereador do CDS-PP, disse estar “preocupado” com a ausência do relatório de contas. Diz que os activos da Viana Pólis estão a “degradar-se a olhos vistos”.
A Viana Pólis foi responsável pela construção do parque subterrâneo do Campo d’Agonia. Recorde-se que o contrato de concessão do Parque de Estacionamento Subterrâneo do Campo da Agonia previa que não existiria nas imediações “estacionamento selvagem”. Por agora, ainda existe parque de estacionamento à superfície e, por isso, Aristides Sousa diz que já questionou a Câmara sobre os custos deste parque e possíveis indemnizações, mas ainda não obteve resposta. José Maria Costa, presidente da Câmara de Viana do Castelo, diz que a VianaPólis foi “o maior programa de requalificação urbana” que a cidade teve. Elogia a Sociedade, que deu a oportunidade à cidade de ter projectos de arquitectura assinados por profissionais de renome, como Siza Vieira, Fernando Távora e Souto Moura. O autarca diz que a sociedade “restringiu as despesas ao mínimo”. As contas têm de ser aprovadas em primeiro pelo accionista maioritário, que é o Estado. Apesar de admitir o atraso, José Maria Costa diz que o Ministério das Finanças ainda tem tempo para apresentar as contas. A Câmara de Viana do Castelo continua à espera da aprovação das contas relativas a 2010 da sociedade VianaPólis. Recorde-se que o programa Polis de Viana do Castelo foi o primeiro do país a ser lançado, há dez anos com José Sócrates a ministro do Ambiente, mas continua sem data de conclusão, por causa do processo judicial que envolve a demolição do Edifício Jardim, também conhecido por Prédio do Coutinho, e pela dificuldade da venda dos terrenos do Parque da Cidade, essencial para a conclusão do Plano de Pormenor do Parque da Cidade.