Jorge Passos, do Movimento Naturalmente Não às Portagens na A28 acredita que os utentes das antigas SCUT não pagam as portagens como forma de protesto. Dados divulgados esta quinta-feira indicam que as portagens nas antigas SCUT do norte renderam aos cofres da empresa Estradas de Portugal, nos primeiros seis meses, 32 milhões de euros, mas 20% do tráfego registado nas três concessões não pagou voluntariamente a utilização.
Segundo a empresa Estradas de Portugal, cerca de 80% do tráfego registado nas três antigas SCUT foi cobrado voluntariamente e os restantes 20% “seguem para cobrança coerciva”. Na concessão do Norte Litoral foram enviadas cerca de 130.000 notificações, enquanto que nas auto-estradas do Grande Porto e Costa de Prata, “no conjunto, o valor homólogo é aproximadamente 200.000”. Jorge Passos diz que o Movimento já tinha alertado para a possibilidade dos utentes se recusarem a pagar as portagens. O não pagamento é entendido como um “sentido de revolta”. Jorge Passos acredita que o protesto poderá ser “maior” com a introdução de mais portagens. Recorde-se que no distrito de Viana, estão previstas a introdução de portagens na A27 e no troço norte da A28. No início da semana, o presidente da Câmara de Viana, José Maria Costa, também disse que a introdução de portagens reduziu a “mobilidade” na região. Dados divulgados esta quinta-feira indicam que dois em cada dez utentes das antigas SCUT recusam pagar voluntariamente as portagens