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24 Abr 2011

Páscoa: Padre de Valença leva Cruz Pascal de barco à Galiza há 55 anos

Geice FM

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O padre José Alves, de Cristelo Côvo, Valença, cumpre na segunda-feira 55 anos a dar a Cruz Pascal a beijar às gentes da localidade de […]

O padre José Alves, de Cristelo Côvo, Valença, cumpre na segunda-feira 55 anos a dar a Cruz Pascal a beijar às gentes da localidade de Sobrado, em Tui, Galiza, para onde viaja num pequeno barco de pesca. Uma tradição que “perde-se nos tempos” e que pouco tem mudado, além da cada vez mais notória falta de peixe no rio.

 
“Manda a tradição que, a meio do rio, se lancem as redes para apanhar peixe. No meu primeiro ano, em 1956, apanhei dois sáveis e daí para cá quase nada”, explica.  Admite que a culpa “é das barragens que há por aí a cima” e que “tomaram conta do rio”. A visita do padre José Alves está marcada para o final da tarde de segunda-feira, depois de dar a cruz a beijar na sua freguesia.  Mais recente é visita do pároco de Sobrado, na Galiza, a Cristelo Côvo, que acontece desde meados dos anos noventa. “Nunca tive que pedir autorização a ninguém para ir ao outro lado e nunca me vieram incomodar, mesmo antigamente. A única diferença é que, hoje, temos que fazer um seguro para a viagem”, recorda ainda. Manda a tradição que o rio se encha de pequenas embarcações e, durante o tempo em que a cruz é dada a beijar, os pescadores locais lancem as redes, devidamente benzidas. No final, todo o produto da pescaria reverte para o pároco de Cristelo Côvo. Aos 80 anos e tendo apresentado a renúncia há cinco, o padre admite que este será o seu último ano a realizar, sozinho, a viagem de barco, de cerca de trinta minutos, pelo rio Minho. “Provavelmente, no próximo ano, vou convidar o padre de Valença para vir comigo. Os anos já estão a pesar e eu também gostava de gozar a minha reforma, vendo a tradição do lado de fora”, conta ainda. Também popularmente conhecida como “Lanço da Cruz”, esta tradição é um dos pontos altos dos festejos em honra de Nossa Senhora da Cabeça – que decorrem naquela localidade minhota -, e que juntam milhares de peregrinos, dos dois países em pleno fim de semana “prolongado” de Páscoa.

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