As portagens nas antigas SCUT do norte renderam aos cofres da empresa Estradas de Portugal, nos primeiros seis meses, 32 milhões de euros, mas 20% do tráfego registado nas três concessões não pagou voluntariamente a utilização. Os números foram avançados pela empresa pública na véspera de se cumprirem seis meses sobre a introdução de portagens nas concessões Norte Litoral, Costa de Prata e Grande Porto.
Segundo a informação disponibilizada, entre 15 de Outubro e 31 de Dezembro de 2010 o valor da cobrança de portagens atingiu os 18 milhões de euros, em cerca de dois meses e meio. Em 2011, o total de cobranças supera os 14 milhões de euros. No entanto, a Estradas de Portugal (EP) sublinha que “dada a novidade e complexidade de algumas medidas, como a adesão a meios de pagamento não tradicionais” ou os descontos para residentes, a cobrança “não se encontra ainda estabilizada” e, por isso, não é possível “aferir com o rigor desejável o valor económico da mesma”. Aos 14 milhões de euros cobrados em 2011 acresce ainda o lapso de tempo entre a data de cobrança e o recebimento na EP, “em face dos diferentes meios de pagamento e as diferentes entidades de cobrança”. Ainda assim, segundo a EP, cerca de 80% do tráfego registado nas três antigas SCUT foi cobrado voluntariamente e os restantes 20% “seguem para cobrança coerciva”. Na concessão do Norte Litoral foram enviadas cerca de 130 mil notificações, enquanto que nas auto-estradas do Grande Porto e Costa de Prata, “no conjunto, o valor homólogo é aproximadamente 200 mil”.