O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que a autarquia de Ponte de Lima demonstra a diferença entre o “poder local” de “proximidade” e o “caciquismo, que é gastar aquilo que não existe”. “Quero começar por ir direito a um assunto que motivou alguma controvérsia e em que eu acho que nós podemos mostrar a diferença”, afirmou Portas durante o primeiro comício do CDS, em Ponte de Lima, elogiando a gestão autárquica dos democratas-cristãos, iniciada com Daniel Campelo, actual líder da distrital de Viana do Castelo.
Campelo, com quem Portas entrou no passado em ruptura devido à viabilização de Orçamentos do Estado durante os Governos socialistas de António Guterres, interveio no comício tal como o actual presidente da autarquia, Victor Mendes. Portas, que se tem referido ao “caciquismo” que faz refém outros partidos, disse que em Ponte de Lima “a despesa com pessoal está controlada, não há empresas municipais, os vereadores não têm cartão de crédito, a derrama para atrair empresas é zero, o IRS que podia ficar na Câmara cinco por cento fica nas famílias, e a Câmara tem dinheiro no banco, mas são depósitos a prazo, não são dívidas a prazo”. “Essa é a diferença entre o que é poder local que faz política de proximidade com qualidade e o caciquismo, que é gastar aquilo que não existe”, declarou. “Isto tem que ser verdade, tal o estado a que o país chegou, seja no Governo central, seja nos Governos regionais, seja nas Câmaras Municipais”, acrescentou.