Carlos Abreu Amorim, cabeça-de-lista do PSD pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo afirmou que os responsáveis pela “vigarice legal” no acordo com as concessionárias deviam ser julgados em Tribunal. Recorde-se que dados divulgados esta quinta-feira mostraram que a introdução de portagens nas SCUT não só prejudicou os cidadãos como foi igualmente ruinosa para o Estado.
Um relatório preliminar de uma auditoria promovida pelo Tribunal de Contas revelou que, se antes o Estado devia às concessionárias 178 milhões de euros, agora a empresa pública Estradas de Portugal ficou comprometida com uma dívida superior a 10 mil milhões de euros. Ou seja, a renegociação de contratos, para introduzir portagens nas SCUT fez com que estas vias ficassem 58 vezes mais caras. Carlos Abreu Amorim diz que esta é uma “novela” que começou em 2006, quando uma nova lei veio criar regras excepcionais para os contratos das SCUT. As concessionárias pediram renegociação dos contratos em 2009 pois, com a introdução de portagens, era previsível que o fluxo de trânsito fosse diminuir. O cabeça-de-lista do PSD considera a renegociação “catastrófica” pois o Estado vai pagar 58 vezes mais. Acusa o Governo de ter colocado os interesses das concessionárias e dos privados à frente dos interesses dos cidadãos. Carlos Abreu Amorim diz mesmo que os responsáveis por este negócio “catastrófico” deviam ser julgados em Tribunal. Abreu Amorim desafiou Fernando Medina, cabeça-de-lista do PS por Viana, a explicar esta “pouca vergonha” e a dizer se está disposto a renegociar com as concessionárias para alterar a situação.