Os presidentes das principais associações empresariais do Minho e de Pontevedra transformaram esta quarta-feira uma conferência de imprensa num protesto simbólico contra a forma como foi introduzido o processo de cobrança de portagens nas antigas SCUT do norte do país. Durante breves minutos cortaram simbolicamente o trânsito, na centenária ponte que liga Valença e Tui. Luís Ceia, o presidente da Associação Empresarial de Viana do Castelo, diz mesmo que a forma de cobrança que está em vigor mais parece um regresso ao passado.
Do outro lado da fronteira, o presidente da Confederação dos Empresários de Pontevedra, José Manuel Alvariño, fez questão de dizer que a forma como foram introduzidas as portagens na A28 foi não só um erro político mas também um erro económico. O responsável pela Confederação dos Empresários de Pontevedra acrescentou que espera receber no início de Junho uma resposta dos eurodeputados galegos sobre se este sistema de pagamento viola o princípio europeu de mobilidade. À iniciativa juntou-se também o presidente da AIminho, António Marques, que entende que o que está em causa não é o sistema de pagamento, simplesmente porque “não há sistema de pagamento”. António Marques recorda que qualquer pessoa que queira atravessar a fronteira está impedida de pagar, seja com euros ou com cartão, facto que “está a agravar ainda mais os efeitos da introdução de portagens” nas antigas SCUT do norte do país.