A reorganização administrativa do país é uma das medidas incluídas no pacote negociado entre o Governo português e a troika, e que pressupõe a fusão ou extinção de juntas de freguesia e câmaras municipais. Uma medida que, desde já, conta com a oposição da Associação Nacional de Freguesias. De acordo com o delegado da ANAFRE em Viana do Castelo, Manuel Marques, “o que se gasta com as juntas de freguesia é uma ridicularia comparado com o que se gasta no resto do país”.
Manuel Marques recorda que na reunião realizada entre os autarcas do distrito no passado mês de Fevereiro, os presidentes de junta se manifestaram contra a extinção de freguesias, por considerarem ser uma “medida errada, que em nada vai contribuir para o bem-estar das populações nem para o progresso do país”. De acordo com dados de 2010 revelados pelo Governo, o país tem 4.259 freguesias, das quais 153 com menos de 150 eleitores, 1.369 até 600 eleitores e 536 localizadas nas sedes de concelho. As juntas têm 13.263 eleitos e as assembleias de freguesia 34.697. Os municípios são 308 com 2.016 eleitos, mais 6.419 nas assembleias municipais, a que deveremos adicionar 4.064 presidentes de junta.