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28 Jun 2011

Estaleiros de Viana: Presidente da câmara teve nos ENVC o primeiro emprego

Geice FM

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Na cidade de Viana do Castelo é difícil encontrar alguém que não tenha na família, ou como amigo, um trabalhador dos estaleiros e até o […]

Na cidade de Viana do Castelo é difícil encontrar alguém que não tenha na família, ou como amigo, um trabalhador dos estaleiros e até o presidente da Câmara teve o primeiro emprego na empresa.

 
Engenheiro químico de profissão, José Maria Costa assumiu a presidência da autarquia em 2009 mas integra o executivo desde 1994, como vereador. Para trás ficaram oito anos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, para onde foi estagiar. Passava o ano de 1986 e o maior construtor naval português foi o seu primeiro emprego. “Fui fazer um estágio, na altura, para dois navios químicos para uma empresa brasileira. Era um tipo de navio com tecnologia complexa”, recordou, em entrevista. Depois destes dois navios, José Maria Costa ingressou no serviço de acabamentos, na área de produção, e mais tarde passou cinco anos no gabinete de projecto. “Do ponto de vista profissional foi uma grande experiência”, admite o agora autarca.
Mas, mesmo no executivo da Câmara Municipal, José Maria Costa até nem é caso único. O seu vice-presidente, Vítor Lemos, também socialista, foi Director de Produção da empresa, assim como o vereador do PSD, Mário Guimarães, que também começou a carreira nos estaleiros. “Os ENVC foram e continuam a ser uma grande escola de formação. Dali saíram grandes quadros e continua a ser uma escola de formação de metalomecânica, de soldadura e do planeamento”, acrescenta. Apesar das “dificuldades” que a empresa atravessa, com 200 milhões de euros de passivo acumulado, o “ex-quadro” acredita numa solução de uma reestruturação mas “socialmente justa”, tendo em conta o papel dos estaleiros.
José Maria Costa lembra que o ritmo da cidade é marcado há mais de 60 anos pela “entrada e saída” dos trabalhadores dos estaleiros, cuja sirene ainda hoje se ouve. “Marca o compasso da vida da cidade. E na questão visual, a cidade habitou-se a conviver com os guindastes, que são as nossas esculturas urbanas”, assinala ainda, além das centenas de famílias que, directamente, vivem da construção naval. Motivos mais do que suficientes para José Maria Costa preferir nem equacionar o fim da empresa, que foi também o seu primeiro emprego. “É uma unidade de metalomecânica pesada que está no coração da cidade e nós convivemos bem com isto porque gostamos muito dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo”, rematou. Vestindo a “pele” de autarca, garante que o despedimento, anunciado, de 380 pessoas, a concretizar-se, seria “doloroso de mais” para Viana. “Esta cidade não vive sem os estaleiros. Temos de encontrar alternativas”, sublinhou.

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