O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural admitiu o objetivo de fazer com o “mundo rural” volte a gerar emprego, apontando as florestas como um potencial onde o país deve apostar para exportar. “Tem que ser [voltar a criar emprego]. O país está a atravessar uma crise bastante profunda, sabemos da dificuldade em gerar mais emprego, mas temos de fazer um esforço para aproveitar o que temos”, afirmou Daniel Campelo.
Em funções há cerca de duas semanas, o governante apontou o setor florestal como um dos potenciais do “mundo rural” a explorar, tendo em conta que atualmente apenas 11 por cento da produção anual segue para exportação. “Pode crescer desde que haja uma junção de esforços entre o setor produtivo, industrial e associativo para, em conjunto com o Governo, melhorar a capacidade de produzir e exportar”, sublinhou. O governante falava à margem de uma visita oficial ao concelho de Caminha, onde foi desafiado, devido ao seu passado autárquico em Ponte de Lima, a ser “o ponto de lança do mundo rural”, o que aceitou de pronto. “Aceito esse desafio por ser importante para o país promover e proteger os valores que assentam no mundo rural”, comentou. Para já, Campelo escusa-se a antecipar futuras decisões na secretaria de Estado, até porque, acrescenta, estas são “tomadas em equipa” e ainda está a ser feito o diagnóstico do setor, “ouvindo, olhando e refletindo profundamente sobre os temas que são a nossa prioridade”, explicou. Embora em funções oficiais, Daniel Campelo apresentou-se em Caminha sem gravata e satisfeito com a decisão da ministra Assunção Cristas sobre a utilização desta peça de vestuário nos edifícios do ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, para poupar energia. “Só espero que continue para lá do verão. Todos os que me conhecem sabem que não sou adepto desses formalismos”, comentou.