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13 Jul 2011

Arte: Bienal de Cerveira celebra meio século de actividade do “mestre” José Rodrigues

Geice FM

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Um desafio lançado há mais de trinta anos pelo então presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira ao pintor Jaime Isidoro resultou na concretização […]

Um desafio lançado há mais de trinta anos pelo então presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira ao pintor Jaime Isidoro resultou na concretização daquela que é hoje a mais antiga bienal de arte portuguesa. A próxima edição arranca no próximo sábado, com uma homenagem ao escultor José Rodrigues e a participação do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

 
As origens da iniciativa remontam a 1978. Nesse ano, Vila Nova de Cerveira começava um caminho que a tornaria mais tarde na “vila das Artes”, não sem antes passar pela polémica de realizar uma exposição numa pequena vila do Alto-Minho, logo na primeira edição, com vários nus artísticos. “Foi um choque para aquela gente”, admitiu o escultor José Rodrigues, o homenageado da Bienal. Entre esses “choques” iniciais conta-se uma artista francesa que apareceu nua num jardim a comer flores ou a portuguesa Jacinta Candeias que mostrou os seios, com o resto do corpo coberto por um pano. Numa outra altura a GNR entrou pelo pavilhão e acabou com a performance de um artista que representava S. Sebastião, com nu integral. Valeu, conta ainda José Rodrigues, a “teimosia” de Jaime Isidoro, agarrando o desafio do autarca Lemos Costa e internacionalizando aquela que é hoje a mais antiga bienal de arte do país.
Aos 74 anos, o “mestre” também conhecido por “mestre Zé Rodrigues”, recebe, no sábado, na presença do Presidente da República, a homenagem da bienal, no arranque da 16.ª edição. “Não vou dizer que fico indiferente a isso, claro que não. Deixa-me satisfeito porque valoriza os meus mais de 50 anos de actividade”, acrescenta o escultor. No currículo tem exposições em domínios criativos como desenho, cenografia, medalhística, cerâmica, gravura e sobretudo a escultura, de São Paulo, a Viena, passando por Madrid, Veneza, Budapeste e Washington, ainda por Índia ou Luxemburgo. A homenagem deste sábado será feita através de uma conferência e de uma mostra de maquetas de cenografia para teatro.
A esta 16.ª edição, que decorre até 17 de Setembro, concorreram mais de 400 artistas de 27 países, com um total de 725 obras, mais 34% do que em 2009. Foram seleccionados 82 artistas e 115 obras de 14 países, sobretudo de Portugal, Brasil e Espanha.

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