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30 Jul 2011

Comboios: Alcaide Tui ameaça ‘cortar’ ponte internacional se acabar ligação Porto-Vigo

Geice FM

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O alcaide de Tui, Galiza, advertiu que se a ligação ferroviária entre Porto e Vigo for interrompida a 30 de setembro a população protestará na […]

O alcaide de Tui, Galiza, advertiu que se a ligação ferroviária entre Porto e Vigo for interrompida a 30 de setembro a população protestará na rua, “cortando a ponte internacional” que liga a Valença. “Espero que não aconteça, mas se for necessário cortamos a ponte para reivindicar o serviço”, afirmou o alcaide Moisés Rodriguez, durante um encontro promovido em Viana do Castelo por utentes do serviço ferroviário português.

 
Em cima da mesa esteve a discussão em torno da necessidade de investimentos na Linha do Minho, como sinalização e eletrificação, de forma a reduzir os tempos de viagem entre Porto e Vigo, atualmente em cerca de três horas, e assim tornar o serviço mais atrativo e competitivo. “Assim como está, não pode continuar”, admitiu o alcaide de Tui, acrescentando que a própria espanhola Renfe “não fez tudo o que devia” até agora para “manter” o serviço. Alegando precisamente o prejuízo naquele serviço, a CP chegou a anunciar, para 15 de julho, a supressão da ligação até Vigo. No entanto, voltaria atrás com a decisão depois da congénere Renfe ter garantido assumir todos os custos da ligação, em território espanhol, pelo menos até 30 de setembro. “É um problema social. É preciso que os governos de Portugal e Espanha se coloquem de acordo. Não podem dizer apenas que o serviço não é rentável. Estamos a falar de mais do que números, há aqui pessoas, de um e do outro lado do rio”, reclamou o alcaide de Tui. Aquela localidade galega, junto a Valença, tem no comboio português, da CP, que ali para, em ambos os sentidos, quatro vezes por dia, a sua única ligação ferroviária ao resto de Espanha. “Seria muito fácil cortar a ponte como forma de pressão, mas não queremos chegar a esse ponto”, advertiu Moisés Rodriguez, acrescentando que esta “ameaça” já foi abordada junto do autarca de Valença.
Até 30 de setembro Renfe e CP deverão anunciar uma nova solução para aquela ligação internacional, no entanto, para a associação de utentes ComboiosXXI, que promoveu este debate em Viana do Castelo, o investimento é prioritário. “Infelizmente, de há uns anos a esta parte, a linha passou a ser de Porto a Braga e o ramal ficou entre Nine e Valença. É preciso um investimento no material circulante e na linha para que o serviço seja competitivo”, afirmou Cândido de Oliveira, da associação de utentes. Segundo a organização, a CP foi convidada para este debate, que reuniu autarcas, políticos e utentes, mas não se fez representar. Da parte da Refer, Fernando Queiroz, que representou aquela empresa pública, assumiu que “não está previsto qualquer investimento de modernização” para a Linha do Minho, pelo que “já não será mau” se a rede atual continuar como está. “Nesta altura, fruto da situação financeira que todos conhecemos, o nível de investimento é zero”, rematou.

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