Apesar de não ser de um concelho limítrofe à linha férrea, o presidente da Câmara Municipal de Monção diz-se solidário com os autarcas do Alto Minho e da Galiza que vão ser vítimas do fim das ligações por comboio até Vigo. José Emílio Moreira, que no seu concelho atravessou por um processo idêntico que culminou com o encerramento da linha férrea, contesta o que diz ser uma supressão unilateral desta ligação, “de um dia para o outro, prejudicando o esforço que os concelhos vizinhos da margem direita e esquerda do Rio Minho estavam a fazer para melhorar a comunicação entre um lado e o outro da fronteira”. Acusa mesmo a CP de “má fé” e diz que esta é uma atitude de “gente com espírito de sacanagem”.
O autarca de Monção acrescenta que esta é uma decisão “feita com régua e esquadro, de quem está em Lisboa” a tentar mostrar trabalho ao Ministro da tutela. Recorda que a euro-região Galiza-Norte de Portugal tem mais de 6 milhões de habitante que, à semelhança do que acontece um pouco por todo o mundo, o uso dos transportes ferroviários deveria ser incentivado, e não travado. Por isso diz temer “que qualquer dia encerre também a ligação Viana-Valença”.