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17 Jul 2011

Comboios: Pernoitas de pessoal na Galiza custam 200 euros por dia à CP

Geice FM

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A CP gasta diariamente cerca de 200 euros na pernoita de pessoal que assegura a ligação entre Porto e Vigo, em hotel de quatro estrelas, […]

A CP gasta diariamente cerca de 200 euros na pernoita de pessoal que assegura a ligação entre Porto e Vigo, em hotel de quatro estrelas, mas a empresa garante não ser esse o motivo principal do prejuízo. Os números foram divulgados esta semana pelos deputados do Bloco Nacionalista Galego (BNG), criticando os custos, entre horas extras e alojamentos, num hotel de quatro estrelas, e reclamando mudanças neste sistema.

 
Apontam o valor de 200 euros por dia, com o alojamento em Vigo do maquinista, que chega à cidade ao final do dia e parte ao início do seguinte, como um dos motivos para o prejuízo de 19.600 euros por mês que a empresa pública apresenta para aquela ligação. A isto há ainda a acrescentar, dizem os deputados galegos, as viagens de táxi, em serviço internacional, entre Valença e Tui, para transportar o cobrador português, que não segue viagem na restante linha. Por mês, apenas para os custos na pernoita do maquinista na Galiza, do cobrador em Valença e serviços de táxi, serão gastos pela CP cerca de 6.000 euros, o que levou os deputados e autarcas galegos, servidos por esta ligação histórica atualmente assegurada apenas pela empresa portuguesa, a pedirem “um mínimo de racionalidade no serviço”. A empresa portuguesa explicou tratarem-se de condições que “fazem parte do Acordo de Empresa com o Sindicato de Maquinistas que a CP tem que respeitar e que é aplicado a todos os maquinistas da empresa”. “De qualquer forma não são esses valores que justificam o prejuízo do serviço, mas sim a baixa procura verificada que não é suficiente para cobrir os custos totais. Conforme a CP teve oportunidade de divulgar, o custo anual da exploração ferroviária no trajeto entre Valença e Vigo era de cerca de 450 mil euros, para uma receita de cerca de 218 mil euros [valores anuais]”, acrescentou a fonte. A isto, a empresa acrescenta que “conforme normativo internacional em vigor”, o maquinista da espanhola Renfe, apesar de entrar na estação de Tui, já na Galiza, “não pode conduzir o comboio português porque não está habilitado para tal”, assim como o maquinista da CP “não pode conduzir o comboio em território espanhol sem estar acompanhado”, pelo colega espanhol. “É por esse motivo que o maquinista da CP tem que pernoitar em Espanha”, explica ainda a empresa. Recorde-se que a empresa pública, que assegura quatro viagens diárias entre Porto e Vigo, tinha anunciado a supressão da linha (entre Valença e a Galiza) para 10 de julho tendo em conta os prejuízos do serviço. No entanto, dois dias antes, a CP anunciava um acordo com a congénere espanhola Renfe, válido até 30 de setembro, passando esta a suportar todos os custos inerentes ao serviço em território espanhol.

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