A organização da Bienal de Cerveira vai promover, no Porto, uma exposição de obras “hiper-realistas” representativas do “terceiro milénio” de sete artistas internacionais, foi hoje anunciado. Trata-se da exposição “Reality Show”, com obras que, segundo fonte da organização da 16.ª Bienal de Cerveira, “parecem demasiado reais para ser ficção”.
O responsável por esta mostra é o colecionador da Galeria “Two Heads Chicken Gallery”, Antonio López Giménez, que desta forma apresenta as “vanguardas figurativas para o terceiro milénio”. “Numa década, surgiram diversos artistas com suficiente identidade para poder falar de um movimento de renovação e vanguarda. Sem qualquer ligação entre eles, é surpreendente a existência de um elevado número de pontos de convergência tanto no desenvolvimento de aspetos formais como em técnicas, materiais e conceitos”, explicou.
Antonio López Giménez tece ainda críticas à “infeção conceptual” que afeta artistas contemporâneos e por isso, numa lógica de descentralização da bienal de Vila Nova de Cerveira, leva ao Palacete Viscondes de Balsemão, no Porto, as últimas tendências figurativas da Ásia, Austrália e América do Norte. No total, são sete obras dos artistas internacionais Chao Cheng Huang, Jake & Dinos Chapman, Marc Sijan, José Luis Serzo, Simone Racheli e Jackie K. Seo, que em comum têm a residência no Reino Unido. “Onde trabalham há anos numa nova figuração emergente considerada já por muitos como um movimento de renovação do século XXI”, explica a organização. Inserida na mostra da 16.ª Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, esta exposição conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto e poderá ser vista até 17 de setembro, com entrada livre.