Estaleiros de Viana: “Atlântida” chegou ao Alfeite pelas 10:30 em provas de mar que “correram muito bem” – Defesa

O ferry “Atlântida” chegou esta manhã à Base Naval do Alfeite, Almada, realizando provas de mar que “correram muito bem”, indicou fonte do Ministério da Defesa Nacional. O navio partiu dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo pelas 15:20 de sábado e a chegada ao Alfeite aconteceu cerca das 10:30 deste Domingo, indicou a fonte. “Foi uma prova de mar que correu muito bem, segundo a indicação do comandante do navio e da tripulação”, acrescentou.

 
O “Atlântida” vai continuar “mais alguns dias” em “testes e provas” no Alfeite, até que seja anunciado o seu destino. “Há várias hipóteses em cima da mesa, com várias entidades. O destino está a ser avaliado”, acrescentou fonte do Ministério da Defesa Nacional. A bordo do navio, desde Viana do Castelo, seguiu o presidente executivo dos estaleiros, Francisco Gallardo, além de uma tripulação de trinta pessoas. Em Lisboa, o navio foi recebido pelo novo presidente do Conselho de Administração da empresa, Jorge Camões. A mesma fonte disse ainda que o futuro destino do navio será conhecido dentro de dias e pode envolver o regresso do ferry aos estaleiros de Viana, entre outras hipóteses. O navio estava “prometido” à Venezuela, segundo um acordo de princípio alcançado em fevereiro, no valor de 42,5 milhões de euros, mas que nunca saiu do papel. O navio deveria ter seguido em 2009 para os Açores, mas a empresa pública dos Açores “AtlanticoLine” rescindiu o contrato com a empresa pública de Viana, alegando uma diferença de 1,4 nós na velocidade máxima. Com 97 metros de comprimento, o “Atlântida” é o primeiro de dois navios encomendados pelos Açores para assegurar as ligações inter-ilhas, tendo capacidade para transportar 750 passageiros e 140 viaturas. É descrito como um verdadeiro “navio de luxo”, devido aos acabamentos, entre os quais uma gigantesca cozinha para assegurar centenas de refeições por dia, uma esplanada exterior, uma creche/infantário e, até, um mini casino com slot-machines. Um negócio de 50 milhões de euros que ficou encostado na doca da empresa durante mais de dois anos.