A câmara de Monção reclama a construção de uma segunda ponte internacional sobre o rio Minho, tendo em conta o “previsível aumento de tráfego” potenciado pelos parques industriais em construção dos dois lados da fronteira. Em nota divulgada, o município reclama esta nova ligação à localidade galega de Salvaterra do Minho também pela “dificuldade na entrada do lado espanhol”, por se tratar de um “acesso com características urbanas”.
Argumento coincidente com a proposta contemplada no estudo da rede rodoviária do Alto-Minho, cuja consulta pública, pelo Instituto de Infraestruturas Rodoviárias (INIR), terminou na segunda-feira. Durante esta consulta, a autarquia de Monção defendeu a necessidade de uma nova travessia, lembrando que o próprio INIR admite que na atual ponte internacional que liga a Salvaterra do Minho “é expectável um congestionamento frequente com a consequente perda de tempo e aumento do efeito-barreira da fronteira”. “Será portanto necessário um reforço na capacidade rodoviária deste atravessamento ou a criação de um outro que lhe seja alternativo”, escreve o INIR. A proposta da autarquia passa pela implementação de uma segunda travessia internacional no limite entre as freguesias de Cortes e Lapela, precisamente para servir de ligação aos dois parques empresariais em construção.
Do lado português está em curso a construção da Plataforma Logística de Valença e o Minho Park Monção, este último previsto para ocupar 100 hectares de quatro freguesias. Ainda maior é a Plataforma Logística de Salvaterra – As Neves, do lado galego, em construção a três quilómetros da fronteira, num investimento de 180 milhões de euros para receber 300 empresas e criar 6.000 postos de trabalho. Esta plataforma é tida como um dos principais pontos de conexão da Península Ibérica com as redes internacionais de transporte intermodal e envolverá uma área de 4,3 milhões de metros quadrados, tendo surgido com o intuito de dar resposta à necessidade de superfície na zona portuária de Vigo.
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